Uma grande quantidade de peixes mortos é encontrada após rompimento de mina de sal-gema em Maceió
Na margem oposta ao local da Lagoa Mundaú, onde uma das 35 minas de sal-gema da Braskem se rompeu em dezembro, pescadores encontraram uma cena alarmante na manhã desta terça-feira (9): uma grande quantidade de peixes mortos. Essa é a segunda vez que isso acontece em uma semana.
A gravação feita pelo pescador mostrou os peixes espalhados na margem e dentro da água. Segundo ele, os peixes vieram da parte da lagoa que está interditada por causa das minas, porém, não há confirmação de que o rompimento seja a causa da mortandade. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) do Estado de Alagoas esteve no local e coletou amostras para análise, que deve apontar o que causou a morte dos peixes.
O pescador Kledrson Jorge, responsável pelo vídeo, relatou que já havia visto peixes mortos na lagoa nos dias 28 e 29 de dezembro. Desde então, as mortes continuam ocorrendo sem que nenhuma ação seja tomada. "Ninguém se importa?, lamentou ele.
Uma semana após o rompimento da mina, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do IMA divulgaram que as primeiras análises feitas em amostras retiradas da Lagoa Mundaú não apontaram alteração significativa na qualidade da água.
Os vídeos compartilhados pelos pescadores mostram diversos tipos de peixes mortos, de diferentes tamanhos. A situação causa preocupação e gera questionamentos sobre a responsabilidade da empresa Braskem e das autoridades ambientais.
O rompimento da mina de sal-gema
O rompimento da mina de sal-gema em Maceió ocorreu em dezembro, causando uma série de impactos ambientais na região. A lagoa Mundaú, que faz parte do complexo lagunar de Maceió, foi diretamente afetada, sofrendo com a contaminação e o desastre ecológico.
Além dos peixes mortos, os pescadores relataram também a presença de aves e de outros animais marinhos mortos nas margens da lagoa. Essa situação traz à tona uma problemática maior relacionada à exploração de sal-gema na região e ao manejo inadequado das minas.
A análise do Instituto do Meio Ambiente
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) do Estado de Alagoas está investigando as causas da mortalidade dos peixes encontrados na margem oposta à mina rompida. A coleta de amostras e a análise são fundamentais para identificar se o rompimento da mina está diretamente relacionado a esse fato.
No entanto, a comunidade pesqueira local já vem sofrendo há algum tempo com mortes de peixes na região da lagoa. Essa mortandade constante indica que problemas ambientais e de gestão podem estar contribuindo para a degradação da fauna e da flora da região.
A falta de ação por parte das autoridades responsáveis causa indignação entre os pescadores e a população em geral. O clamor por soluções efetivas para evitar novos desastres ambientais e para preservar o meio ambiente é cada vez maior.
Responsabilidade da empresa e das autoridades ambientais
A empresa Braskem, responsável pela mina de sal-gema que se rompeu em Maceió, precisa assumir sua responsabilidade sobre os impactos causados na região. Além disso, as autoridades ambientais também devem agir de forma efetiva para garantir a preservação do ecossistema e a segurança das comunidades afetadas.
A partir da análise das amostras coletadas pelo IMA, será possível determinar se a água da lagoa Mundaú foi comprometida pelo rompimento da mina. Essa informação é fundamental para embasar as medidas de controle e remediação necessárias para evitar novas mortes de peixes e garantir a recuperação do ecossistema afetado.
Conclusão
A morte de uma grande quantidade de peixes na margem oposta ao local da mina de sal-gema rompida em Maceió levanta preocupações sobre os danos ambientais causados pela exploração do sal-gema e a gestão inadequada das minas. A análise das amostras coletadas pelo IMA será essencial para determinar as causas dessa mortalidade e embasar medidas de controle e remediação adequadas.
A empresa Braskem e as autoridades ambientais têm a responsabilidade de agir para prevenir novos desastres ambientais e garantir a segurança das comunidades afetadas. A preservação do meio ambiente é fundamental para a qualidade de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade da região.
Somente com ações efetivas e conscientização sobre a importância da preservação ambiental será possível evitar novos desastres como o rompimento da mina de sal-gema em Maceió e garantir um futuro sustentável para as gerações futuras.
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