A Secretaria de Defesa Social (SDS) desliga câmeras de videomonitoramento em Pernambuco
A Secretaria de Defesa Social (SDS) desligou as 358 câmeras de videomonitoramento que estavam instaladas em locais estratégicos de quatro das maiores cidades de Pernambuco: Recife, Olinda, Caruaru, e Petrolina. Segundo a instituição, o contrato com a empresa que fornecia os equipamentos foi encerrado. Essa medida foi questionada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
As câmeras, que foram desligadas no início de dezembro, estavam posicionadas em locais estratégicos e eram utilizadas para auxiliar o trabalho dos agentes de segurança pública. Dos 358 equipamentos, 240 estavam no Recife, instaladas no Centro da cidade, ao longo da Avenida Agamenon Magalhães e nos bairros da Várzea, de Boa Viagem e Apipucos. As outras 38 ficavam em Olinda, 40 em Caruaru e outras 40 em Petrolina.
Em entrevista à TV Globo, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, informou que o contrato com a empresa fornecedora, consórcio OI SA, estava vencido há três anos. O gestor também explicou que a licitação para a continuidade do monitoramento deveria ter sido realizada em 2020, porém, com a mudança de governo, o modelo de aquisição das câmeras acabou sendo reavaliado.
De acordo com o secretário, o edital para uma nova licitação, que prevê a compra de 2 mil equipamentos, será lançado até o fim deste mês. Caso tudo ocorra como o planejado, o monitoramento voltará a funcionar em abril do próximo ano. Durante as festas de fim de ano e o carnaval, o secretário afirmou que serão aproveitadas as câmeras dos municípios, pois a segurança é uma responsabilidade tanto do governo do estado quanto das prefeituras.
O sistema de videomonitoramento da SDS foi alvo de uma auditoria especial aberta pelo TCE, que determinou, em fevereiro, que uma nova licitação fosse realizada sem interrupção do serviço. O conselheiro do órgão responsável por relatar o processo, Marcos Loreto, afirmou que foi pego de surpresa com a decisão de desligar as câmeras. Ele também alertou para a possibilidade de a população se sentir mais vulnerável à violência com o fim do videomonitoramento. Segundo ele, a marginalidade pode se sentir mais à vontade sem a presença das câmeras, especialmente durante o período das festas de fim de ano.
O TCE solicitou esclarecimentos à Secretaria de Defesa Social (SDS), porém, a instituição afirmou que não foi notificada sobre o pedido encaminhado pelo conselheiro Marcos Loreto.
Papel da tecnologia no combate ao crime
A utilização de câmeras de videomonitoramento é uma ferramenta importante no combate ao crime e na manutenção da segurança pública. Com a tecnologia avançando cada vez mais, câmeras de alta definição podem proporcionar a identificação de criminosos e o monitoramento de áreas estratégicas, auxiliando na prevenção de delitos e na elucidação de casos.
No entanto, é essencial que haja uma gestão eficiente do sistema de videomonitoramento, incluindo a manutenção regular dos equipamentos, a análise e o armazenamento adequado das imagens, além de uma integração eficaz com as forças de segurança. A falta de investimento e planejamento adequados podem comprometer a efetividade do sistema e colocar em risco a segurança da população.
A importância do monitoramento em Pernambuco
Pernambuco é um estado com diversas demandas em termos de segurança pública. Com grandes cidades como Recife e Olinda, além de municípios como Caruaru e Petrolina, é fundamental que existam recursos adequados para garantir a proteção da população.
O monitoramento por câmeras é uma forma de reforçar a presença policial em áreas críticas e auxiliar na prevenção e repressão de crimes. Além disso, o videomonitoramento também pode ser utilizado para agilizar o atendimento a ocorrências, monitorar o trânsito e garantir a segurança em eventos públicos.
Com o desligamento das câmeras de videomonitoramento em Pernambuco, há uma preocupação em relação ao aumento da sensação de insegurança por parte da população. É importante que o governo estadual e as prefeituras trabalhem em conjunto para garantir a segurança dos cidadãos, seja por meio do uso de câmeras já existentes, seja pelo investimento em novos equipamentos e tecnologias.
Conclusão
O desligamento das câmeras de videomonitoramento em Pernambuco levanta questionamentos sobre a segurança pública no estado. Com a necessidade de uma nova licitação e o tempo necessário para que o monitoramento seja restabelecido, é fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a proteção da população.
A tecnologia, incluindo o uso de câmeras de alta definição e sistemas de videomonitoramento integrados, desempenha um papel importante no combate ao crime. É essencial que os gestores públicos invistam em recursos adequados e estabeleçam parcerias entre governos estaduais e municipais para garantir a segurança de todos.
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