Morreu a sexta vítima da explosão na metalúrgica Tex Tarugos de Cabreúva (SP)
No dia 1º de outubro, completou-se um mês desde a explosão que ocorreu na metalúrgica Tex Tarugos, em Cabreúva (SP). Infelizmente, mais uma vítima dessa tragédia faleceu na última terça-feira (3). O delegado responsável pelo caso, Ruíter Martins, confirmou a morte de Paulo Roberto Rocha de Santana, que estava internado em estado grave. Esta é a sexta vítima fatal do incidente.
Anteriormente, em uma semana, a cidade já havia perdido Joselito dos Santos de Jesus, natural de Cristinápolis (SE), que estava internado no Hospital Irmãos Penteado, em Campinas (SP). Com isso, já são seis vítimas fatais do acidente.
Até o momento, sabe-se que três vítimas eram naturais de Cristinápolis, uma era de Cabreúva e outra de Betim (MG). Não há informações precisas sobre a residência da sexta vítima. A perda dessas vidas causou grande comoção na cidade e deixou seus familiares e amigos em luto.
A interdição da empresa e a investigação
Após o ocorrido, a metalúrgica Tex Tarugos e os destroços do local foram interditados por questões de segurança. Além disso, a empresa vizinha também foi interditada. Aproximadamente 40 funcionários estavam trabalhando na metalúrgica no momento da explosão, e todos eles eram maiores de idade, de acordo com informações fornecidas pela própria empresa.
A Tex Tarugos afirma que possuía um programa de segurança de trabalho, além de fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os funcionários. A empresa também está prestando apoio às famílias das vítimas e realizando as rescisões contratuais dos trabalhadores que faleceram.
Segundo o delegado Ruíter, os depoimentos dos funcionários da empresa ajudam na investigação, mas ainda não esclarecem o motivo da explosão. A polícia ainda aguarda laudos da perícia, que estão em andamento, para obter mais informações sobre o evento.
Análise dos depoimentos e solicitação de quebra de sigilo médico
No dia 21 de setembro, dois donos e funcionários da Tex Tarugos prestaram depoimentos à Polícia Civil. Eles afirmaram que não houve mudanças no sal usado na fundição do alumínio na empresa. De acordo com eles, o sal utilizado sempre foi sal de cozinha, e o forno que explodiu era à lenha. Também foi relatado que o abastecimento a gás havia sido desativado.
Apesar dos depoimentos, ainda não se sabe se houve algum vazamento de gás na metalúrgica. Serão necessários mais laudos da perícia para esclarecer o motivo da explosão.
Para a próxima etapa da investigação, o delegado solicitou a quebra de sigilo médico dos hospitais que atenderam as vítimas. Isso é importante para determinar o número de pessoas que poderão prestar depoimento à polícia e auxiliar nas investigações.
Ainda não há um prazo definido para a realização dos depoimentos das vítimas que já tiveram alta. Além disso, a Câmara de Cabreúva abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a explosão na metalúrgica.
O técnico e o engenheiro de segurança do trabalho
Foi revelado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que o técnico e o engenheiro de segurança do trabalho da Tex Tarugos se desligaram da empresa um dia antes do acidente. Isso chamou a atenção das autoridades, que ainda investigam o ocorrido.
O MTE também destacou que a metalúrgica apresentava desconformidades em suas operações, incluindo a falta de manutenção em seus equipamentos. Além disso, a empresa não possuía alvará de funcionamento e enfrentava problemas relacionados à documentação necessária para operar.
Um comitê do MTE foi montado para investigar as irregularidades na Tex Tarugos. Serão apurados quais órgãos deveriam ter atuado no caso e interditado a empresa.
Conclusão
A explosão na metalúrgica Tex Tarugos, em Cabreúva (SP), deixou um rastro de destruição e seis vítimas fatais. O incidente ainda está sendo investigado pela polícia, que aguarda laudos da perícia para esclarecer as circunstâncias da explosão.
A interdição da empresa e a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito demonstram a gravidade do ocorrido e a necessidade de apurar responsabilidades. Além disso, as informações fornecidas pelos depoimentos dos funcionários e a solicitação de quebra de sigilo médico são passos importantes para a continuidade das investigações.
É essencial que todas as etapas sejam seguidas com rigor, a fim de obter respostas e evitar que tragédias como essa se repitam. A segurança no ambiente de trabalho e a conformidade com as normas são fundamentais para preservar a vida dos trabalhadores e prevenir acidentes.
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