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As boas condições do último trecho no Brasil da megaestrada que vai levar até os portos chilenos no oceano Pacífico surpreendem os integrantes da expedição da Rota da Integração Latino-Americana (RILA)
No último dia 24 de setembro, mais de 100 pessoas, incluindo empresários, autoridades e representantes de instituições de ensino e pesquisa, iniciaram a expedição da Rota da Integração Latino-Americana (RILA), com o objetivo de testar o último trecho da megaestrada que vai ligar o Brasil aos portos chilenos no oceano Pacífico. O trecho em questão passa também por Paraguai e Argentina, e a expectativa dos participantes da expedição era de encontrar condições precárias nas rodovias. No entanto, a surpresa foi positiva, já que o trecho brasileiro apresentou boas condições de conservação e infraestrutura.
Partida da expedição
A expedição teve início na cidade de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, onde os participantes saíram em 33 caminhonetes em direção a Iquique, no Chile. Após passarem pelo monumento em homenagem à rota na praça do Rádio, os participantes seguiram pela BR-060, passando por Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna e Jardim até acessar a BR-267, que leva a Porto Murtinho, o último trecho brasileiro da Rota Bioceânica.
Surpresa com as boas condições
Apesar das expectativas de encontrar rodovias em más condições, os participantes da expedição ficaram surpresos com a qualidade do pavimento da BR-267. As estradas apresentaram conservação e infraestrutura melhores do que o esperado, o que contribui para um trânsito mais seguro e fluido. Além disso, foi informado que já está prevista uma obra de melhoria no valor de R$ 150 milhões para a rodovia.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou: "O DNIT está trabalhando na conservação da estrada, mas tem outro fator positivo, é que tem outra obra, no valor de R$ 150 milhões, já licitada, para melhorar as condições da rodovia, que tem um fluxo muito forte de caminhões, em razão da exportação de soja por um terminal de Porto Murtinho".
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), Cláudio Cavol, também expressou sua satisfação com as condições da rodovia federal, ressaltando que existem trechos que precisam de melhorias, mas que a situação está longe de ser preocupante.
Obras da Ponte da Binacional
Após atravessarem o rio Paraguai de balsa, os participantes da expedição entrarão no território paraguaio, onde visitarão as obras de construção da Ponte da Binacional. Essa ponte, que está sendo construída entre Carmelo Peralta, no Paraguai, e Porto Murtinho, no Brasil, é fundamental para a viabilização da logística do corredor. Através desse investimento, o governo paraguaio, em parceria com a administração de Itaipu Binacional, tem como objetivo viabilizar a Rota Bioceânica.
O consórcio binacional encarregado da construção da ponte tem previsão de conclusão das obras no primeiro semestre de 2025. Com 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura, a ponte receberá um investimento total de R$ 575,5 milhões. Até o momento, mais de um terço da obra já foi concluído.
Para conectar a BR-267 à ponte da Bioceânica, no Brasil, será construído um acesso, que está previsto no edital publicado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) em setembro deste ano. O certame já tem um consórcio vencedor e o projeto inclui também a execução do contorno rodoviário de Porto Murtinho e a construção de um centro aduaneiro entre o Brasil e o Paraguai.
Conclusão
A expedição da Rota da Integração Latino-Americana (RILA) surpreendeu-se com as boas condições do último trecho no Brasil da megaestrada que vai até os portos chilenos no oceano Pacífico. As rodovias foram aclamadas pelos participantes, que destacaram a conservação e infraestrutura. Além disso, foram informados investimentos e obras em andamento que visam melhorar ainda mais a logística do corredor.
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