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Um mês após acidente que matou sete torcedores do Corinthians, sobreviventes sofrem com sequelas e vivem luto: 'Dói muito ainda'

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O trágico acidente com o ônibus que transportava torcedores do Corinthians completa um mês

O acidente com o ônibus que transportava torcedores do Corinthians, ocorrido no dia 20 de agosto na rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais, completa um mês nesta quarta-feira (20). Esse incidente trágico resultou em sete pessoas mortas e 36 feridos. O veículo, que estava irregular, levava 43 torcedores com destino às cidades do Vale do Paraíba, em São Paulo, onde o grupo residia. No entanto, o ônibus capotou em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Neste artigo, vamos conversar com dois sobreviventes que ainda estão se recuperando das lesões sofridas no acidente e tentando lidar com o luto. Apesar da tristeza e da dor, ambos mantêm um sentimento em comum: o amor pelo Corinthians. O clube prestou assistência no resgate, translado e sepultamento das vítimas.

Perda imensurável

Cláudio Barros, de 56 anos, é comerciante e morador de Taubaté, São Paulo. Ele é torcedor do Corinthians desde a infância, mas tinha pouco costume de participar de caravanas para as partidas como visitante. No entanto, ele decidiu participar dessa caravana em especial para acompanhar seu filho, Rodrigo Lacerda de Barros, de 32 anos, que tinha o sonho de conhecer o estádio Mineirão em Belo Horizonte.

No retorno da partida contra o Cruzeiro, Cláudio e Rodrigo estavam sentados juntos no ônibus quando ocorreu o acidente. Cláudio sofreu oito costelas quebradas e um pulmão perfurado, mas conseguiu ser resgatado e sobreviveu. Infelizmente, seu filho não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.

Cláudio conta que a perda de seu filho é uma dor imensurável e que tem sido muito difícil lidar com a situação. Os dois eram muito próximos e compartilhavam diversas atividades além do futebol.

Apesar do trauma, Cláudio Barros não pretende abandonar o time do coração. Ele é extremamente grato ao Corinthians pela assistência prestada nos dias seguintes ao acidente e pela homenagem feita na partida seguinte. Sua ideia é voltar a assistir a uma partida na Neo Química Arena assim que estiver totalmente recuperado.

Dor e recomeço

Denilton Ferreira Guedes, de 47 anos, é outro torcedor apaixonado do Corinthians que estava no ônibus e sobreviveu ao trágico acidente. Ele é morador de Caçapava e um dos fundadores da sede da torcida organizada Gaviões da Fiel na cidade.

Denilton menciona que estava dormindo até instantes antes do acidente e acordou com os gritos dos outros passageiros informando que o veículo estava sem freio. Ele recorda que levantou e, em seguida, o ônibus capotou. Denilton sofreu traumatismo craniano e fratura no tórax.

O torcedor conseguiu sair do ônibus com a ajuda de outros amigos que também estavam na caravana. Ele relembra de esperar o resgate do lado de fora. Denilton ficou internado em Betim durante dois dias e continuou o tratamento em Belo Horizonte por mais 11 dias.

Denilton, também conhecido como Nil, recebeu alta e retornou para Caçapava no início deste mês, sendo recebido com festa pela família, amigos e outros corintianos.

O torcedor agradece por ter conseguido sobreviver e sente muita dor pela perda de seus amigos no acidente. Apesar disso, Denilton planeja voltar a acompanhar o Corinthians em caravanas, pois o clube é sua maior paixão.

Apesar do susto e da experiência traumática, tanto Cláudio quanto Denilton demonstram um amor inabalável pelo Corinthians. Eles acreditam que o clube faz parte de suas vidas e não pensam em deixar de apoiá-lo mesmo após a tragédia.

O acidente com o ônibus dos torcedores corintianos foi um acontecimento trágico que deixou marcas profundas nos sobreviventes e nas famílias das vítimas. No entanto, a força e a paixão pelo Corinthians se mantêm vivas, mostrando que o amor ao clube vai além de qualquer dificuldade.

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